Milhares de migrantes na peregrinação de agosto a Fátima

Fátima voltou a ser, nos passados dias 12 e 13 de agosto, o ponto de encontro de milhares de migrantes para a peregrinação nacional do migrante e do refugiado, em cerimónias presididas pelo bispo de Coimbra, Virgílio Antunes.

Integrada na 52.º Semana Nacional das Migrações, que decorreu de 11 a 18 de agosto e teve como tema “Deus caminha com o seu povo”, foi inspirada na mensagem do Papa Francisco para o 110º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que será celebrado em 29 de setembro. Estas comemorações assumem um significado especial, dado o contexto migratório que tem sido sentido.

Eugénia Quaresma, diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações, destacou a importância que esta peregrinação tem “como oportunidade de encontro com os emigrantes que vêm  de férias ou retornaram a casa, com os imigrantes que escolheram Portugal para viver, e com todos aqueles que buscam proteção e refúgio”.

As celebrações no Santuário de Fátima começaram com a recitação do terço na Capelinha das Aparições, seguida pela procissão das velas e a celebração da palavra no recinto de oração. Na manhã de terça-feira, dia 13, as cerimónias continuaram com a procissão eucarística, seguida pelo terço na Capelinha.

A peregrinação, também conhecida como a peregrinação dos emigrantes, foi encerrada com a missa, a bênção dos doentes e a tradicional procissão do adeus.

Nesta edição da peregrinação, que é também a continuidade da tradição de 84 anos iniciada por um grupo de jovens da Juventude Agrária Católica, foi mantida a oferta de trigo ao Santuário de Fátima.

A peregrinação ao Santuário de Fátima é também ela ligada aos Caminhos de Fátima, que representam, não apenas um trajeto físico, mas também uma jornada espiritual de fé e esperança. Muitos dos que percorrem os caminhos a pé rumo a Fátima neste período, são migrantes e seus familiares, que aproveitam este período de união.

Mas há muito mais em comum. Assim como os peregrinos percorrem os caminhos que os levam ao santuário, os migrantes e refugiados também trilham seus próprios caminhos em busca de paz, segurança e uma vida digna. Ambos os percursos, são marcados por desafios, superações e a procura por um sentido maior que guia cada uma das suas jornadas.

Nos Caminhos de Fátima encontram-se os valores essenciais para aqueles que, nas suas peregrinações, encontram na fé e na comunidade a força necessária para continuar.

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